Entendimento da Alteração Biomecânica da Alavanca Patelar – Artigo Dr. Jairo Jaramillo
ENTENDIMENTO DA ALTERAÇÃO BIOMECÂNICA DA ALAVANCA PATELAR – ARTIGO DR. JAIRO JARAMILLO
ORTOPEDIA EQUINA
Prof. Dr. Jairo Jaramillo Cardenas
(dr.jairocardenas@yahoo.com.br)
Embora a biomecânica do cavalo vem sendo estudada há muitos anos, só recentemente tem sido utilizada para facilitar e compreender as patologias dos cavalos de esporte. A dinâmica do movimento acaba sendo um conjunto de acontecimentos musculares, tendíneos, ligamentares, nervosos, vasculares, entre outros,
que se reúnem harmonicamente para influenciar detalhadamente em algum movimento que se traduz em performance. O cavalo possui várias fases de movimento; umas em apoio (…)
Independente de quais fases o cavalo execute para cada movimento, deve ser conhecido o grupo de alavancas que caracterizam cada um deles. Neste artigo, destacaremos uma das alavancas mais importantes do membro pélvico conhecida como “alavanca patelar” (AP). A função mais importante da AP, é a grosso modo, lutar contra a gravidade, ou seja, evitar o colapso da articulação da patela durante a recepção. Outra importante função, ocorre durante a fase da propulsão, quando alavanca abre a articulação femoroti-biopatelar, impulsionando o corpo do cavalo para frente ou para cima, durante um sinergismo com as alavancas calcânea (AC) etrocantérica (AT), destacado na Figura 4.
A AP, AC e AT trabalham durante o apoio do membro, atuando com dois tipos de contração. Quando o cavalo toca o solo, os músculos que participam nas alavancas citadas anteriormente se esticam ao máximo, acumulando toda a sua energia durante as fases de recepção e metade do apoio (primeiro contato onde o cavalo toca no solo e momento de fechamento máximo no solo respectivamente –
Figura 5A); este tipo de contração é conhecida como contração excêntrica. Após este episódio, o cavalo precisa “explodir” em contração muscular para poder utilizar o acúmulo de energia a partir do “estiramento” muscular, para uma contração muscular contrária, onde um fechamento articular inicial, termina numa abertura articular que gera a propulsão; este tipo de contração é conhecida como concêntrica (Figura 5B). Este tipo de contração excêntrica e concêntrica, participa durante todas as fases
do apoio e é fundamental para gerar o movimento. Leia da íntegra